sexta-feira, 22 de julho de 2011

Portes Obertes Can Xalant





O tempo pareceu expandir
agora ele se contrai rapidamente...
momento de concentrar.. a flor da pele..

Um dia extenso.. movimentação. Cada artista guarda seus segretos em algum canto/espaço do Can Xalant, para acessar.. tem que penetrar... ir caminhando pelos espaços, salas e becos.. até que possa estar.. pegar por uma ponta e entrar... não é facil, tem que se mexer para sair da superfície. Até que algo nos uni.. determidado tempo - espaço. e assim.. se sentimos parte.




   

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Questionamentos a volta.. paralelo junto.

Algumas atividades paralelas me acercaram, a minha ida a Mataró em um trem que passa por toda a costeira do mar, foi acompanhada do livro “Como viver junto” de Roland Barthes, revisitei esse livro para refletir sobre a ideia de rede, dialogando com o tema do livro, onde Barthes fala de espaços, e modos de viver em comunidade, desde os monges que se aparta de um modo de vida mais social, até a chegada do comercio e necessidade de viver em comunidade, Barthes vai relatando diferentes povos entre o tema viver junto e viver só. 

Um seminário de Mar Garcia, organizada pela Universidade Autônoma de Barcelona, na Casa Convalescência, fui seduzida pelo tema “Tecer fil, incorporant l´etnia” levantou o tema alteridade, sobre o olhar de fora como algo exótico, fez uma critica ao human zoos, em uma negativa idealização, a animalidade entre os extremos, a alta da etnografia do séc. XIX, e era pós-colonial, ex-colonizado = observador, os ismos fictícios, e do comércio da alteridade, vitrine de artes primitivas. Dentro desse contexto foi uma reflexão de vários modos de relação de poder.
Mas também o tema do seminário do outro dia “Segon fil Fer del plural el nostre lloc per viere, sexualitats”, trouxe discussões complementares, com  Mª Teresa Vera e Mª Antonia Massanet, aqui  falaram da formação de identidade, o tema sexualidade levantada por foucalt, das instâncias de poder que regulam o corpo, da identidade, da necessidade de reconhecer, e a fala do corpo. Fazem uma critica ao poder binário, a norma heterossexual, mulher como uma categoria sexual, encerram falando de múltiplos, da intersexualidade, da hermafrodit, e aumentando para o freak, circo de horrores e anormalidades.

Para completar a temporada de temas, dois dias de encontro no auditório do MACBA “Jornadas cuerpo, Memoria i representación” diálogo com Adriana Cavarero e Judith Butler duas grandes filosofa e militantes feministas. Butler falou de sua pesquisa, que resumo nessa pequena frase “Corpos que somos”, do ser, singular, e da coabitação, valores judio, fronteiras linguísticas e espaciais, ética ocidental católica, e reivindicação, racismo e precariedade dos povos, a destruição da própria liberdade, colonizadores e exploradores, a corporeidade. “A vida que não é a nossa vida, também é a nossa vida”, para deixar aberta a algumas discussões levantadas por ela. Butler trás um mar de questionamentos aos referidos temas, precariedade e vulnerabilidade, sustentabilidade e coabitação, fala de vida em coletivos, vida sem corpo, proximidades e do não-local, atemporal, dificuldade de proximidade, limites em nível nacional,  e fecho aqui com uma pequena frase que sai de Cavarero “Atuar juntos”.
Cavarero apresenta sua pesquisa, pautada no tema Vulnerabilidade, já levantando a discussão da dependência entre mães e filhos, o cuidar e a relação continua de afetos, a falta de autonomia, recorda de imagens como 11 de setembro para representar distintivos políticos, a auto-preservação: matar para não matarem fazendo uma comparação com uns do mandamento: não matará, do catolicismo, em geral falando do outro que nos afeta, desde o homem guerreiro até a mulher maternal.

Foi uma semana de grandes contribuições temáticas, para instigar o projeto Mecha em Tramas, provocando e incorporando questionamentos que estão a sua volta.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Patricia Marioli, Pato.

Esse é uma parceira e começamos o ano passado a "fermentar" juntas e não paramos mais..
Foi para o Brasil convidada a estar atuando em um projeto do grupo TAAN TEATRO, e ai encontrou  espaço para atuar no projeto "De uma ponta a outra" no qual compartilhamos...
Bertioga, São Paulo Minhocão, depois Cordoba... Seu olhar particular para esse trabalho... a fotografia... as cores e fragmentos, recortando suas escolhas..
Ativamente criando por todos os lados...
Esse ano estando em sua cidade, acompanhei seus trabalhos autonômos e coletivos, como por exemplo na Casa tres 51 (pato, não tem um link da Casa?), aí  pratica, experimenta e cria nos treinamentos livre que coordena junto a um grupo... com Paula, Diego.. Su trabalho é intenso é corporal.. e dali nascem idéias.. músicas que Paula canta com a sua origem de Patagonia... Aqui Pato também está em um processo com um grupo de Teatro... com Cecilia, Mari, Luca, Sergio y Sergio, animados criam cenas entre palavras e imagens... algo está nascendo aí...
Pato, em Brasil ja trazia suas questões com a Comida e a Saúde.. sempre se põe a questionar, é um tema pertinente a sua criação...enfin.. sem pretensão.. mas ativamente esta!

http://www.flickr.com/photos/pato-marioli/sets/
Muito carinho por essa chica!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mataró

http://www.canxalant.cat/2011/07/portes-obertes-2011/
http://www.canxalant.cat/projectes-residents

Dia 22 de julho, No centro de criação e pensamento contemporaneo Can Xalant, Mataró Barcelona, acontecerá um evento onde os artistas que ocupam esse espaço mostram suas obras...


Irene Salas

Esses dias em Mataró pouco a pouco conhecendo pessoas.. pouco a pouco elas se revelam...
A cada dia deixarei uma Impressão.. de uma pessoa que conheci ou estou conhecendo... e que está na red. rsrsrs

Gostaria de começar a falar de Irene Salas, primeiro agradecer por me receber em Barcelona com muito carinho, e deixo aqui seu link...
http://www.irenesalas.es/
Tema: Mulheres
Irene se move, parte do esteriótipo, e ali encontra uma fresta para aprofundar, descobrir que se é muito mais do que é "tachado" pela máscara social/cultural... México, Brasil, Estados Unidos, India... Espanha. o que toca Irene..

domingo, 17 de julho de 2011

Espanha

A condição de estrangeira, de estar em um lugar totalmente desconhecido, seria a estratégia para poder criar, inventar e configurar o trabalho. A arquitetura atrai e conforta, mas a ideia é entrar e criar vinculo, e estar disposto à troca, conhecer as pessoas que vivem aí, e observar como se dá o encontro com a arte.

Em julho, Barcelona, em projeto residente, de produção,  intercambio e apresentação no Taller “Can Xalant, Centro de criação e pensamento contemporâneo de Mataró” foi configurado o projeto Mecha em Tramas; fio tecido em um telar, formando uma trama e sendo estrutura para colocar as mechas de cabelo etiquetas

segunda-feira, 11 de julho de 2011

contrução...

a trama está começando a criar uma forma.. pessoas estão passando por meu caminho... e suas mechas de cabelos preenchendo a tela..
vou iniciar aqui a postar os trabalhos, as experiencias, e o que querem compartilhar..
depois podemos criar um espaço de troca.. como entrar em contato.. Entrar.

CORREIO

Para quem quizer me enviar por correio!
estarei recebando as mechas de cabelo até dia 15 de agosto neste endereço! 
 
Corte uma mecha, junto com nome, sua cidade e país, email e um endereço web que queria divulgar algum trabalho seu!
assim que chegar retornarei confirmando e incluindo na rede!

Endereço:
c/ Progrés 63  3º  2º
C.P. 08904
L´Hospitalet de Llobregat, Barcelona - España.

nos comunicamos!
flaviapaiva007@hotmail.com

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mecha em tramas

Propondo uma continuidade dessa relação entre artista e entre participantes, aqui iniciamos um espaço de registro dos acontecimentos e o que está por vir! 
e também poderá ser agragado em um grupo do facebook para compartilhar.

Mecha em Tramas: mechas de cabelo, cedida pelas pessoas, é o objeto de composição. O convite à participação será feito na busca de conhecer o outro, estabelecer trocas, iniciar um diálogo com o que é do outro criando uma rede. Uma tela a ser preenchida com mechas de cabelos naturais.

“Ligar pessoas, ligar lugares. Trama de mechas de cabelos naturais. Cabelos fora do corpo, pedaço do corpo, que me leva ao outro, o indivíduo, do que está fora do meu corpo, em relação ao meu dentro. A busca desse instante presente na vivencia cotidiana entre pessoas”.

Relação com a comunidade, convidada a participação.
arquitetura, corpo, cultura, transformação.